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Transplante

TRANSPLANTE DE ORGÃOS E TECIDOS
Fábio Luiz Coracin e Walmyr Ribeiro de Mello
Membros Titulares do Colegio Brasileiro de Odontologia Hospitalar e Intensiva

HISTÓRICO E CONCEITOS

Intrudução

O transplante é a transferência de células, tecidos e órgãos vivos com a finalidade de restabelecer uma função perdida. De modo geral, há dois tipos de transplantes: o autógeno quando tecidos ou órgãos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo; e o alogênico quando o transplante é realizado com tecidos ou órgãos de outra pessoa (doador) para ser implantada no paciente (receptor).No primeiro trimestre de 2014, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO, 2014) foram realizados 1805 transplantes de órgãos, sendo o rim o maior representante destes transplantes (71,2%) e 8840 transplantes de células e tecidos. A maioria dos transplantes é realizada com a utilização de órgãos de indivíduos que morreram recentemente, aproximadamente 80%), embora em alguns casos o material possa ser retirado de um doador vivo (aproximadamente 20%). Além disso, uma questão importante é o risco de rejeição. Isso ocorre quando o sistema imunológico do receptor, responsável por combater as ameaças externas (bactérias, vírus, células cancerosas, por exemplo), não reconhece o novo tecido e passa a agredi-lo. Essa reação do organismo acaba causando a destruição do órgão transplantado e, em casos extremos, pode levar à morte do receptor.

Para evitar a rejeição, o transplante é realizado apenas após a verificação de compatibilidade de sangue e antígenos, ou seja, das moléculas do corpo capazes de iniciar a resposta imune. Quanto maior a compatibilidade e similaridade entre os antígenos do doador e do receptor, mais altas são as chances de o procedimento ser bem sucedido. Mesmo que a compatibilidade seja alta pode haver rejeição e, por este motivo, os pacientes devem utilizar medicamentos imunossupressores permanentemente na maioria dos casos.

Histórico

Inúmeros são os relatos que compõem a história dos transplantes. O primeiro deles, encontra-se registrado na Bíblia, no livro de Gênesis 2:21-22. Nesse relato Adão aparece como o primeiro doador. Outro relato milenar e até mitológico, trata-se da história de dois médicos chineses, Itoua To e Pien Tsio, eram gêmeos e nasceram em 287 d.C., tendo estudado medicina na Grécia e Cecília, na Ásia Menor. Conta-se que esses médicos teriam transplantado a perna de um soldado negro que acabara de morrer em outro homem, um velho branco que havia perdido a perna naquele mesmo dia. Eles atendiam as pessoas sem cobrar e, por isso, foram perseguidos, julgados e executados por Deocleciano e posteriormente, tornaram-se mártires e santos. Hoje, são os padroeiros dos médicos cirurgiões (Fundação Banco de olhos, 2000; Pereira, 2004).

As primeiras tentativas de transfusão de sangue foram sem sucesso até a descoberta dos diferentes tipos de sangue e suas mútuas compatibilidades ou incompatibilidades. A enorme necessidade e o grande uso de transfusão de sangue na Guerra de 1914-1918 propiciou o surgimento dos bancos de sangue para a armazenagem dos mesmos. Esse evento talvez foi um dos mais importantes passos na história dos transplantes. A transfusão de sangue, não trata da natureza dos problemas éticos e filosóficos associados com os transplantes de órgãos sólidos não regeneráveis tais como rins, corações, pulmões, pâncreas e fígados (Lamb, 2000).

O transplante de órgãos não vitais aumentou significativamente no século 20. Os enxertos de pele iniciaram no fim dos anos 20, como medida paliativa nos casos de queimaduras. Os primeiros transplantes de córnea começaram em 1905, e sua prática cotidiana só foi consolidada em 1944, quando o primeiro banco de olhos mundial foi inaugurado, o Hospital Manhattan de Olhos, Ouvidos e Garganta. A eficácia do transplante de córnea na recuperação da visão possibilitou à integração deste serviço aos sistemas de saúde pública de vários países. Nas últimas duas décadas do século XX mais de 95% dos receptores de córnea tiveram sua visão restaurada, sendo que nos Estados Unidos da América (EUA), aconteceram mais de 28.000 transplantes de córnea no ano de 1986 (Lamb, 2000). No Brasil, essa modalidade de transplante vem apresentando um crescimento numérico expressivo.

Entretanto, a era moderna dos transplantes começou na década de 1950 com o transplante de órgãos não regeneráveis, salientando-se as contribuições dos cirurgiões Aléxis Carrel (1873-1944, Prêmio Nobel de 1912) e Charles C.Guthrie (1880) que desenvolveram a técnica de sutura dos vasos sanguíneos. Também, Emmerich Ullmann (1861-1937) removeu um rim de um cachorro e o manteve funcionando por poucos dias no corpo de outro cachorro. O insucesso desse transplante revelou o problema da rejeição e experiências ulteriores mostraram a necessidade da semelhança genética estrita entre o doador e o receptor para o sucesso desse transplante (Lamb, 2000).

Peter Medawar ganhador do prêmio Nobel (1960), em seu trabalho sobre a imunologia dos transplantes identificou a importância da imunidade celular no processo de rejeição dos enxertos, permitindo o desenvolvimento dos protocolos de imunossupressão (Salmela et al, 1995).

Nos anos seguintes os esforços foram no sentido de superar o problema da rejeição através do desenvolvimento de novos imunosupressores. Nas décadas de 60 e 70 desenvolveram-se fármacos com uma melhor ação imunossupressora e expressivos efeitos colaterais, tais como a nefrotoxicidade, hipertensão arterial, neurotoxicidade, hiperglicemia, neoplasias, infecções, hiperlipidemia e hiperpotassemia. Em 1983, uma nova droga com característica mais seletiva e de menor efeito colaterais, a ciclosporina foi desenvolvida, a qual transformou os transplantes de uma simples curiosidade, para uma terapia efetiva (Lamb, 2000; Schafer, 2001; Harjula et al, 1995).

A década de 80 foi marcada pelo surgimento de vários eventos tais como novas drogas imunossupressoras, a ciclosporina e o tacrolimus, a padronização nas retiradas múltiplas dos órgãos dos doadores cadáveres e o desenvolvimento por Belzer de uma nova solução de conservação dos órgãos. Estes avanços permitiram obter resultados encorajadores nos transplantes do rim, coração e fígado proporcionando uma sobrevida de até 80% em dois anos aos pacientes transplantados (Pereira, 2004).

Embora o transplante não representasse a cura, ele proporcionava esperança e ao mesmo tempo o medo, trazendo consigo também a ansiedade da rejeição, especialmente porque se tratava de um procedimento em fase experimental. Mas a esperança, freqüentemente contra todas as chances, é parte da condição humana.

Tipos

Os transplantes mais realizados são os de medula óssea, rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas. Podem ser também utilizados intestinos, córneas, pele, osso, válvulas cardíacas e tendões.

Pacientes com insuficiência renal podem se submeter ao procedimento como uma alternativa à diálise. Além disso, a doação pode ser feita por um doador vivo, já que cada indivíduo tem dois rins, e a retirada de um não acarreta mudanças significativas no organismo. A cirurgia envolve o enxerto do órgão, conexão dos vasos sanguíneos e do trato urinário do receptor.

O transplante de fígado é a única opção para indivíduos cujo órgão deixa de funcionar. Em alguns casos, é possível enxertar apenas parte (entre 20% a 60%) do fígado retirado de um doador vivo. Essa prática é mais comum quando o receptor é um bebê ou uma criança. Pela capacidade de regeneração do órgão, casos bem sucedidos mostram recuperação de até 90% do volume normal do fígado.

Procedimentos envolvendo o coração são indicados para pacientes que apresentam doenças cardíacas graves e não podem ser tratados com medicamentos ou outras cirurgias. Em casos em que uma doença pulmonar provocou lesão cardíaca, o transplante de ambos os órgãos é realizado de forma combinada. O pulmão pode ser de um doador vivo (apenas um lado) ou falecido (os dois lados). Com o objetivo de prevenir mais complicações decorrentes do diabetes, o transplante de pâncreas é realizado.

Inicialmente realizado para o tratamento da leucemia, e outras doenças do sangue, o transplante de medula óssea atualmente beneficia pacientes com outros tipos de câncer que se submetem a quimioterapias e radioterapias. Desta maneira, o líquido da medula é retirado antes do tratamento, seja do mesmo paciente ou de um doador compatível e, posteriormente injetado no corpo para a recuperação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fundação Banco de Olhos. As duas pernas. Goiânia;2000 [Folder]

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